segunda-feira, 16 de agosto de 2010

"Probremas" em de Campos

É incrível como nossa cidade carece de tudo- obras de saneamento básico (vale dizer que na minha rua não tem esgoto!!! Jóquei II), ruas sem calçamento, esburacadas, mal iluminadas, sem sinalização, fiscalização, segurança... infra-estrutura, e a lista vai embora. E agora ainda temos que tolerar a propaganda (poluição) política!
Todos os dias passam na frente de minha casa carros e mais carros de som com jingles horrorosos, sem nenhum pudor, descrevendo seu candidato, e enganando o povo (se é enganado ou se deixa enganar por conta de interesses próprios, mas aí é outro assunto...) E o pior, é que programa de governo, projeto, ninguém discute, só se ouve fulano fez e fará, sicrano irá aumentar o número de ambulâncias... coisas do tipo. Nessa época, dá vontade de pegar um ônibus espacial e ir para marte, vê se descubro vida por lá, pelo menos mais inteligente!
Enquanto isso, esqueceram os problemas que eram assuntos até pouco tempo, como os royalties que ninguém fala mais, o afastamento da nossa prefeita, os escândalo dos governos passados... as obras prometidas durante o período de campanha.
Essa realidade me lembra muito o filme "O quarto poder" em que John Travolta faz um vigia de um museu que ameaçado de ser demitido e ficar com sua família desamparada, decide tomar o prédio, crianças e a própria patroa como reféns. A mídia se diverte com tudo isso, e inicia o processo de manipulação da chamada "opinião pública", divulgando, editando, partes das entrevistas e montando uma versão que tem o final surpreendente.
Ora, num país, num estado, numa cidade onde têm uma significativa parte da população de semi-analfabetos, é muito fácil manipular, trocando voto, por um jogo de poder sujo, que mais lembra o período da República Velha, que antigos coronéis mandavam com seu poder do voto de cabresto. Nosso cenário lembra também a Idade Média, onde o poder era descentralizado, porém firmado pela força dos nobres e de uma Igreja poderosa.
Enfim, como educador tento passar para meus alunos um pouco de leitura e visão crítica, uma perspectiva de mudança lenta, paulatina, mas focada na esperança de mudanças.
Abração a todos.
Leandro Tavares.

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