quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Matar aula virou caso de polícia.


Os pais são advertidos e podem levar multas que vão até oito mil reais.
O juizado da infância e juventude de Fernandópolis, interior de São Paulo, decretou o toque de recolher nas escolas, que funciona assim: o aluno que for flagrado na rua no período em que deveria estar em aula vai ser trazido pela polícia de volta pra escola. Os pais ou responsáveis podem ser punidos.
“Se for constatada a negligência dos pais nessa situação, de aluno que mata a aula, o estatuto prevê multa que vai de R$ 1.200 a R$ 8.000”, diz Evandro Pelarin, juiz da infância e da juventude.

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A professora Luciana ( http://lucianaprofessora.blogspot.com/), postou:


SSituações extremas merecem atitudes extremas, no entanto, o fato que deveria ser relevante é a análise dos motivos que levam ao desinteresse pelas aulas, pelo contexto escolar em si.
Ultimamente temos visto que diante da falta de estrutura e pouco controle da maioria das famílias em relação aos estudantes, o Estado resolveu intervir.
O fato é que ainda inexiste um olhar mais crítico e apurado quanto ao processo de aprendizagem, inclusive quanto à realidade e a falta de estrutura do próprio sistema escolar.
A imposição da presença maciça dos alunos dentro das salas de aula sem o devido interesse dos mesmos, por sua vez, gera o agravante que mais tem apavorado os docentes: a indisciplina.
De outro lado, diante da extremidade do caos instalado na educação, de modo geral, o Estado decide, então, intervir, diante da falta de estrutura familiar, criando medidas que julga auxiliar na imposição da ordem e do cumprimento das regras.
De acordo com o relato de uma aluna que diz que os alunos que matam aula vão para lan house, podemos perceber um dos fatores que geram tamanho desinteresse no ambiente escolar. Na maioria das vezes, o processo de ensino e aprendizagem distancia-se muito da realidade, por falta de estrutura, a maioria das escola não conseguem acompanhar a evolução tecnológica e ficam “enraizadas” no tradicionalismo “cuspe e giz”. Quando dispõem de alguns avanços da tecnologia, esbarram com a ineficácia do processo de ensino que não vincula teoria e prática, a solução passa a ser, dessa forma, o uso da autoridade estatal.


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Muito complicado isso, uma vez que as escolas e pais devem se responsabilizar por tudo que se refere a educação da criança, mas há a falta de recursos para fiscalizar e fazer valer essa lei.
E você, o que pensa sobre essa questão?

Um comentário:

  1. Pra mim vai ser como toda nova lei no Brasil , no começo fiscaliza etal , mais passa 2 meses , parece que a lei não existe , para de fiscalizar , sem fiscalização não tem como certas leis serem cumpridas.

    aluno do pro cefet turma O

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