domingo, 8 de maio de 2011

Coordenador de coral jovem de igreja evangélica se passava por ninja e é preso acusado de molestar adolescente

O técnico em informática Daniel Pinheiro da Cruz, de 30 anos, foi preso nesta sexta-feira em casa, em Jacarepaguá, acusado de molestar sexualmente um adolescente de 15 anos e de ameaçar outro, de 17. Os jovens pertencem ao coral de adolescentes de uma igreja evangélica da Taquara, em Jacarepaguá, que era coordenado por Daniel. Após as denúncias, ele foi expulso da igreja.
As vítimas foram convidadas por Daniel — que, de acordo com a polícia, se denominava "ninja negro" em e-mails trocados com os garotos — para ingressarem num "clã ninja". Os dois aceitaram entrar no treinamento, cuja fase era chamada de "ninjet".
— Para virarem ninjas, os jovens eram orientados a não mais respeitar os pais e ensinados a mentir olhando nos olhos. A partir daí, teriam que passar por vários testes, como receber pingos de cera quente nus, ver filmes pornográficos sem terem ereção, serem masturbados por Daniel sem esboçar reação e tomar banho com ele. Para atingir o status de ninja, eles teriam que manter relações sexuais com Daniel, que eram chamadas de "caboom" — explicou o delegado Leandro Aquino, da 32ª DP (Taquara).
Apenas o rapaz de 15 anos teria sido estuprado por Daniel. Já o jovem de 17 anos não aceitou mais participar do treinamento quando os testes envolveram sexo. Quando decidiu abandonar o clã, Daniel teria começado a ameaçar matar seus pais.
Os pais do adolescente de 15 anos procuraram a delegacia e levaram os e-mails que o rapaz trocava com Daniel. Nas mensagens, Daniel enumerava os mandamentos do clã ninja e como seus integrantes deveriam se comportar.
Daniel foi indiciado pelos crimes de estupro e ameaça. Se condenado, pode pegar até dez anos e seis meses de prisão. Ele teve a prisão temporária por 30 dias decretada pela Justiça. Na casa de Daniel, os agentes apreenderam um computador, que será periciado. Os policiais também pediram à Justiça a quebra do sigilo de dados do e-mail.
A polícia já sabe que pelo menos outros quatro homens pertencem ao clã ninja. Eles também serão investigados. Um deles estaria acima de Daniel na hierarquia do clã.
— Também temos informações de que este clã pode pertencer à uma rede ainda maior, com sede em São Paulo — afirmou o delegado.
Ao EXTRA, Daniel negou ser ninja e disse que nunca ouviu falar de nenhum clã.
— Sou inocente — disse Daniel, que é casado.
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Mais essa, ninja evangélico- estuprador, e agora, só falta o quê?

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