quarta-feira, 12 de agosto de 2009

12/08/2009 - 17h23
Brasil receberá 18 milhões de doses de vacina contra a gripe suína até janeiro
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da Agência Brasil

Até janeiro, 18 milhões de doses de vacina contra o vírus da gripe suína --influenza A (H1N1) devem chegar ao Brasil. Do total, um milhão já estará pronta para imunizar a população, conforme os critérios adotados pelo Ministério da Saúde, e as 17 milhões restantes serão finalizadas pelos pesquisadores do Instituto Butantan, em São Paulo.

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De acordo com o presidente da Fundação Instituto Butantan, Isaías Raw, a entidade tem capacidade para finalizar as vacinas francesas e ainda produzir as brasileiras. A estimativa é que 30 milhões de doses contra a influenza A sejam produzidas no Brasil até o ano que vem a partir da cepa do vírus que chegou terça-feira (11) da Inglaterra.

Na tarde desta quarta-feira, Raw disse que as vacinas brasileiras devem ficar prontas até o primeiro semestre de 2010. "Mas ainda não sabemos se esta quantidade atenderá 30 milhões de pessoas ou 15 [milhões] pois não temos conhecimento de quantas doses serão necessárias, uma ou duas", afirmou.

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A vacina brasileira será produzida a partir dos dois tubos contendo a cepa do vírus que chegaram ontem da Inglaterra em um recipiente a menos de 80ºC e deverá ser testada em 500 jovens voluntários. Segundo Raw, a OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda que 10% das vacinas produzidas sejam destinadas para países pobres.

O processo entre a fabricação da vacina e a imunização da população deve demorar, pois é necessário que seja feito um ensaio clínico que, por sua vez, depende da aprovação de uma comissão de ética e da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Segundo Raw, a Anvisa "está disposta a ser rápida no que lhe compete".

"Produzimos a vacina contra a gripe aviária e foi um sucesso. O mesmo acontecerá com esta nova gripe", disse o presidente, mesmo sem saber se a vacina será eficaz no próximo inverno, já que o vírus pode sofrer mutações. "Não sabemos se ele ficará mais forte ou mais fraco", ressaltou.

Raw explicou também que em quesito de vacinas o Brasil possui autonomia. "Não dependemos de ninguém para produzir vacinas."

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