Quando era criança ouvia histórias de que animal dentro de casa poderia trazer problemas de saúde para a família. Na escola, porém, aprendi que a convivência entre animais domésticos e o homem era totalmente positiva, principalmente para o desenvolvimento de anticorpos.
Nos últimos anos, vimos o aparecimento de várias gripes originárias de animais─ aves, vacas, e agora de porcos. Vem─ me logo a pergunta: de quem é a culpa?
Não quero aqui desenvolver nenhuma tese de mestrado ou doutorado, em levantar questionamentos e teses a respeito do tema, mas sim abrir uma reflexão sobre o assunto. O homem modifica geneticamente plantas e animais para que sirvam como alimentos, mas principalmente de forma quase que instantânea, desenvolvem─se rapidamente, voltados exclusivamente para o lucro de empresas capitalistas. Resta─nos perguntar se há algum tipo de critério em avaliar tais resultados como benéficos ou não a saúde da humanidade. Será que tudo, eu disse tudo, tem que possuir um fundo lucrativo, capitalista? Quando é que o homem vai parar para analisar tais questões?
Enquanto isso, pobres mortais, habitantes de uma nação, Estado, mercado, país em desenvolvimento (ou subdesenvolvido?) vamos tolerar que alimentos transgênicos, carnes modificadas geneticamente, e outros produtos que são proibidos nos países centrais, possam ser largamente vendidos aqui?
Espero já que a gripe do porco fique como exemplo para todos e que a humanidade do século XXI adote medidas de uma nova fase racional, em que os recursos tecnológicos revertam com benefícios para a saúde de todos, como uma nova era de nossa sua história.
Leandro Tavares
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